1º Encontro de Mulheres em comemoração ao dia da consciência negra


 Foi um Encontro bem divertido, cheio de poesias, desabafos, musicas , pinturas...
Que seja o primeiro de muitos outros.

Aproveitando o Tema divido com vocês um textos escrito por   A.Lyra e publicado no blog da minha amiga Rê Morais da Feira Preta.

Quantos em quanta vontade mais santa
torcida branca
para mudar de cor.

Até as vezes pensava
Eu quero!
(Inútil conflito interno inferno de dor).

Viver entre duas cores,
muitos distintos sabores,
vida de flor e de dores
estabelecidos pela cor

Mas, fugi, cresci,sai daqui,
chorei, cortei,me isolei,
e assim me descobri em mim.

e então...
Chega!!! Chega!!!
Não sou branca, sou negra!!!
Sou negra mulata em flor.

Sou negra, negra,
negra é minha alma,
como crespo é meu negro cabelo,
meu olho, meu pelo,
meu pranto e sabor.

Carrego o sentimento interno,
da África o terno
sentimento de amor.
Gravado com ferro
e com berro
da memória do Santo
Negro em dor.

Negro é meu luzente futuro
é luz não escuro,
mel negro em amor.
Que venhas porque eu te quero,
futuro e belo,
negro lindo em flor.

(A.Lyra)

Poema dedicado a uma linda mulher filha de mãe negra e pai branco, viveu este conflito e optou pela sua Africanidade emergente. Uma linda e feliz escolha de uma negra que assume sua ancestralidade.

Comentários

Jardim da poesia disse…
Beatriz de Paula Camilo. Essa mulher tem garra!